Todos tão iguais, todos tão diferentes.

Dia, noite. Fogo, gelo. Sol, chuva.

    A divina Luz e a tumultuosa Sombra, duas contrárias companheiras eternas. Mesmo dissonando uma da outra, ostentam um equilíbrio humilde entre si, descobrindo-se por breves e lindos instantes formando o mais belo da noite e do dia, sendo esse próprio momento a fusão entre o raio e a penumbra.

    O reflexo do Fulgor numa Gota esvoaçante de água, faz despertar uma explosão de cores fascinantes que invade os sonhos destemidos de uma criança dormindo em lençóis cheios de determinação para partir à descoberta do fim do arco-íris.

    A Chama luminosa e abrasadora, por muitos temida e por poucos combatida na sua atraente dança ao sabor da brisa, o Gelo rejeitado e arrepiado nessa que é a sua breve transição entre o céu e o mar. Ambas as potências mais questionados para o desenlace dos mortais, ambos os elementos mais cativantes para o fim, os dois anulando-se um ao outro perpetuamente.

    Todos opostos coabitando entre si em perfeita harmonia e sincronia…